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CEO da Transak aponta característica da nova onda de stablecoins

A Transak, uma empresa focada em pagamentos com criptomoedas, tem uma visão diferente do que muitas marcas costumam buscar. Enquanto a maioria delas quer estar em destaque na mente do consumidor, a Transak está investindo em soluções menos visíveis, especialmente quando o assunto são as stablecoins.

Sami Start, cofundador e CEO da Transak, compartilhou que a empresa está desenvolvendo APIs modulares como uma oferta sem marca, ideal para empresas que já têm seus próprios serviços e querem adicionar stablecoins a eles. Essa estratégia busca tornar a adoção das stablecoins mais fluida e discreta, quase como se fosse parte natural da experiência do usuário.

Historicamente, a Transak tem se concentrado em facilitar a compra de criptomoedas com moeda tradicional em diversos aplicativos. “As pessoas veem a Transak como o ‘botão de comprar cripto’ em grandes carteiras e outros apps de criptomoedas”, explicou Start. Agora, a ideia é oferecer soluções que integrem stablecoins de forma mais prática nas aplicações financeiras, focando no uso e na funcionalidade, em vez da especulação.

Um marco importante para as stablecoins foi a aprovação da legislação GENIUS Act nos Estados Unidos, o que atraiu a atenção de grandes instituições financeiras, como Citigroup e Bank of America. Start acredita que, à medida que stablecoins se tornam parte do cotidiano, muitos usuários talvez não percebam que estão os utilizando. Um exemplo disso é a integração no Venmo, onde o saldo da nova stablecoin da PayPal aparece separado do dinheiro tradicional, mas ainda assim na mesma plataforma.

A Transak também explora o conceito de “sanduíche de stablecoin”, onde cuida dos procedimentos de KYC (Conheça Seu Cliente) para quem compra um stablecoin em uma região e para quem recebe e deseja converter em dinheiro em outro lugar. Isso torna o processo mais flexível e acessível, ampliando as oportunidades de mercado.

Um aspecto interessante é que muitos desses processos acontecem nos bastidores, sem que o usuário precise se preocupar com os detalhes técnicos. É como o serviço do Departamento de Trânsito da Califórnia que usa blockchain sem que isso fique claro para o cidadão. É tudo sobre a praticidade.

Além disso, as stablecoins oferecem novas oportunidades de receita para empresas de tecnologia. Muitas vezes, são lastreadas em ativos seguros, como títulos do Tesouro dos EUA, o que gera retornos a baixo risco. Um exemplo disso foi a Coinbase, que reportou uma receita de US$ 355 milhões provenientes da stablecoin USDC, da Circle, só no terceiro trimestre.

Recentemente, a Western Union anunciou que vai lançar seu próprio stablecoin na rede Solana no próximo ano. Isso mostra como essa tecnologia continua a ganhar força e atraindo o interesse de grandes players do setor de pagamentos.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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